quarta-feira, 30 de maio de 2012

Degustação de vinhos espanhóis - NTDV

Muito bem amigos da Trilha! Este final de semana, entre os dias 24, 25 e 26 de maio, tivemos a oportunidade de degustar 18 vinhos espanhóis, 6 vinhos por noite. Simplesmente espetacular!!! As três degustações lotadas e os participantes puderam conferir, além do charme e do sabor dos vinhos espanhóis, também suas cores, suas tradições, suas regiões, sua cultura riquíssima e sua alegria nos vinhos que produz. Degustamos espumantes, vinhos brancos, rosés, tintos leves e encorpados e ainda degustamos salame espanhol, queijos suíços e holandeses e massas variadas.
Como são muitos vinhos, vamos resumir em 6, começando pelas cavas:
Cava PALAU demi-sec Mont Marçal - R$ 46,50
Cava Gran Cuvee Brut Reserva - R$ 83,17


Degustadas em dias diferentes, ambas cavas são excelentes e estão classificadas como  D.O. CAVA, ou seja, uma denominação de origem que apresenta os melhores vinhos espumantes espanhóis de qualidade. A D.O. CAVA engloba várias áreas do país, mas a maior parte da produção vem da região da Cataluña, próximo a Barcelona e a Villafranca de Penedés. As cavas se inspiraram no Champagne francês e a maioria são feitas pelo método "tradicional" ou "champenoise", em que a segunda fermentação ocorre dentro da garrafa. O "demi-sec" tem esta classificação pois o seu grau de açúcar se enquadra entre 33g e 50g por litro, enquanto a classificação "brut" tem no máximo 15g de açúcar por litro.
Arco de La Vega Tempranillo 2010 - R$ 23,28


O Arco de La Vega Tempranillo 2010, da região de Castilla y León, é uma excelente relação custo x benefício. Sem madeira, possui 13% de álcool e é ideal como aperitivos e pratos leves. De cor cereja vermelha com tonalidades violetas, seus aromas são intensos, com um toque apimentado e em boca é ao mesmo tempo suave e poderoso, com taninos muito bons e repletos de nuances.
Real de a8 2009 - R$ 47,17






O Real de a 8 2009, da região de Rioja que tem em sua grande maioria um solo argiloso baseado em calcário, é um vinho com 12,5%, sem madeira, com 90% de Tempranillo e 10% de Garnacha. De cor vermelho com reflexos violetas, seus aromas são intensos, lembrando frutas vermelhas e notas lácteas. Em boca, as frutas vermelhas predominam, com uma característica doce e aveludada.
Vega D' Castilla Cosecha 2010 - R$ 37,29



O vinho Vega D' Castilla Cosecha 2010 vem da região de Ribera Del Duero, onde a maior parte do solo é do tipo calcário, arenoso, bastante pobre, com baixa fertilidade. Tem 13,5% de álcool, com 100% da uva tempranillo e harmoniza bem com massas, risotos, queijos macios e carnes brancas. Possui uma ótima coloração vermelho cereja e seus aromas destaca as frutas vermelhas. No paladar é fresco, com boa acidez, bem agradável e ótima estrutura.
Sotorrondero 2009 Jimenez Landi - R$ 156,50





Por fim, o vinho Sotorrondero 2009 vem da região de Méntrida, Toledo. Com 60% de Syrah e 40% de Garnacha, este vinho passou 10 meses em barricas de carvalho francês e possui 14,5% de álcool. No nariz, frutas doces; na boca, fica aparente a mineralidade e frescura deste vinho. O ataque é doce, mas o vinho está inteiramente muito bem equilibrado. Um vinho vigoroso e muito acessível. Espetacular!!!

Não percam as próximas degustações! Eno-abraços!!!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Degustação de vinhos - Brasil e Uruguai - Na Trilha do Vinho

Dias 11 e 12 de maio promovemos uma discussão / degustação dos paradigmas e surpreendentes vinhos do vale do São Francisco e aos encorpados e deliciosos vinhos uruguaios.
Os vinhos nacionais sofrem com o descompasso na relação custo x benefício em relação aos vinhos chilenos e argentinos (que representam quase 70% do volume de vinhos importados) e agora ainda carrega um "elefante" nas costas devido ao protecionismo do governo brasileiro que pretende aplicar medidas de salvaguarda, criando cotas de importações e aumentando os impostos dos vinhos importados. Ao invés disto, poderiam incentivar os produtores nacionais em melhorarem a qualidade de nossos vinhos, reduzindo a carga tributária e criando programas de incentivos aos produtores para que os vinhos nacionais cresçam por méritos e competência.
Mas, meus amigos João Santos, diretor da ViniBrasil (Rio Sol) e o enólogo Carlos Lucas (que assinou as garrafas dos vinhos), ambos portugueses e extremamente competentes, merecem todo o nosso respeito e admiração, então, politicagem a parte, em nossa degustação seus vinhos realmente foram surpreendentes, mostrando que o Brasil faz bonito sim, deixando todos os presentes encantados com os seus vinhos. Vamos a eles:
Espumante Allure Brut
Rio Sol Winemakers Touriga Nacional 2009
Rio Sol Winemakers Alicante Bouschet 2009
Sem passar por madeira, o espumante Allure Brut possui 12% de alcool e é feito com as uvas Chenin Blanc e Viognier. De cor dourada, seus aromas remeteram notas cítricas e em boca apresentou-se bem equilibrado, leve, refrescante e fácil de beber. Os vinhos da linha Winemakers com as varietais "Alicante Bouschet" e "Touriga Nacional" chamaram atenção pela tipicidade das castas e pela qualidade dos vinhos. Ambos com 6 meses de madeira, o vinho Rio Sol Winemakers Alicante Bouschet 2009 apresentou aromas de tostados e em boca possuía taninos marcantes, com um longo final. Já o vinho Rio Sol Winemakers Touriga Nacional 2009 remeteu aromas de frutas negras e especiarias e em boca estava encorpado e sedutor.
A certa altura da degustação, depois das discussões nacionais, chegava a vez dos uruguaios.
Cantharus Tannat 2009
Osiris Merlot Reserva 2006
Osiris Tannat Reserva 2005
Os vinhos da Antígua Bodega Stagnari que passam de geração por geração e hoje habilmente conduzidos por Virginia Stagnari (5ª geração da família) apresentava suas qualidades, sabores e requintes. O vinho Cantharus Tannat 2009 apresentou um vermelho rubi intenso e aromas elegantes e complexo. Em boca era encorpado, com boa acidez e untuoso, legitimando a tannat. O Osiris Merlot Reserva 2006 se apresentou mais evoluído, com aromas de frutas negras, com notas de chocolates e defumados. Em boca, taninos macios e aveludados, com final longo e persistente. Um vinho com 15 meses de madeira. Finalizando, degustamos o Osiris Tannat Reserva 2005. Com aromas complexos que remetiam a frutas vermelhas, especiarias e torradas, resultante de 12 meses de madeira, em boca apresentava taninos equilibrados, carnudos e maduros, com final longo e persistente. Um grande vinho!!!

A próxima degustação será a vez dos vinhos espanhóis e não esqueçam, as vagas são limitadas!!! Liguem no (35) 3721.4276 ou nos envie um e-mail no contato@natrilhadovinho.com.br.

Eno-abraços!!!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Degustação de vinhos portugueses - Na Trilha do Vinho

Olá Amigos da Trilha, tudo bem? Neste último final de semana apresentamos 6 vinhos portugueses da região do Douro, tendo a responsabilidade de representar dois enólogos extremamente importantes e mundialmente reconhecidos por seus talentos e a qualidade de seus vinhos, os enólogos Carlos Lucas e Cristiano Van Zeller. Além de inúmeras informações, curiosidades e principalmente momentos descontraídos, pudemos também degustar queijos, frios e duas massas de nosso parceiro Raul, da La Vittoria (Ribeirão Preto): Tortelini de Búfala e Rondelli de Ricota e Espinafre, que com os segredos de preparação da mamãe Sanuana, ficaram simplesmente maravilhosas. Foram momentos inesquecíveis que precisamos deixar registrado.
Vamos aos vinhos:
Van Zellers Douro Branco 2009 - Cristiano Van Zeller
Tom de Baton Douro Branco 2009 - Carlos Lucas
Os vinhos brancos foram degustados juntos, harmonizados com os queijos e frios. O primeiro foi o Van Zellers Douro Branco 2009, de cor amarelo palha brilhante. Seus aromas apresentava frutas cítricas como abacaxi e tons herbáceos. Na boca era muito fresco, com boa acidez, frutado e final longo. O segundo vinho branco foi o Tom de Baton Douro Branco 2010, de cor límpida e transparente, com aromas de frutos tropicais, tinha um destaque para o cítrico. Na boca, um volume suave, com uma acidez viva e um final refrescante. Ambos harmonizaram muito bem com o queijo suíço Emmental, que é um queijo de consistência média, de sabor suave e levemente adocicado
Tom de Baton Douro Tinto 2009 - Carlos Lucas
Quinta Vale Dona Maria Douro Tinto 2007 - Cristiano Van Zeller (RP 93)
Baton Douro Tinto 2009 - Carlos Lucas (RP 90)
CV Douro Tinto 2008 - Cristiano Van Zeller (RP 95)
  Os tintos foram servidos em duas etapas, dividos pela harmonização das massas. Na primeira etapa, degustamos o Tom de Baton Douro Tinto 2009, com uma cor rubi e aromas exuberantes, frutado e floral. Na boca era muito equilibrado, com uma textura aveludada e um final fresco. Em seguida degustamos o Quinta Vale Dona Maria Douro Tinto 2007, com um vermelho profundo, aromas ricos, destacando muita fruta madura e na boca um vinho tipicamente elegante, equilibrado, com um final longo e frutado. Na segunda etapa, degustamos o Baton Douro Tinto 2009, de cor intensa, aromas de grande complexidade predominando os frutas vermelhas, como amoras, framboesas e notas de especiarias e tabaco. Na boca, taninos firmes e acidez equilibrada, com um final longo e persistente. Finalmente, degustamos o CV (Curriulum Vitae) Douro Tinto 2008, de cor vermelho profundo, com nuances violáceas, extremamente agradável. Muita concentração de fruta vermelha madura, elegante, bem equilibrado, com taninos marcantes, justificou seus 95 pontos recebidos por Robert Parker. Um gigante!!!

E assim foi amigos! Não percam as próximas degustações! A próxima uniremos vinhos do Vale do São Francisco (Brasil), com os encorpados Tannat's do Uruguai. Não percam!!!

Eno-abraços!!!